terça-feira, 16 de novembro de 2010

Entrevista de terça: Rodolfo Cordón, grupo de comédia G7


Nesta semana, a entrevista de terça é com Rodolfo Cordón, do grupo de teatro G7. Ele falou ao Toda Mídia sobre o lançamento do DVD, gravado no Teatro Nacional, em Brasília. A história do grupo e a próxima peça, que tem previsão de lançamento em abril de 2011.
O grupo G7 foi fundado em 2001 e nestes nove anos de existência, já apresentaram mais de 15 peças. A de maior sucesso é a “Como Passar em Concurso Público” que foi gravado em DVD recentemente.
Apesar de se chamar G7, o grupo é composto por quatro integrantes: Benetti Mendes, Felipe Gracindo, Frederico Braga e Rodolfo Cordón.  Leia abaixo a entrevista.

Toda Mídia:
Vocês gravaram recentemente no teatro nacional um DVD com a peça "Como passar em concurso público", quando ele será lançado?
Grupo G7: A previsão de pré-lançamento é em dezembro deste ano. Pretendemos abrir uma pré-venda e lançar o DVD completo, com lado A e labo B (feito pela plateia) extras como entrevista com os atores, making of e mais duas cenas que mostram que a participação da plateia não é combinada em março de 2011.

TM: Por que vocês escolheram essa peça pro DVD?
G7: Porque é a nossa peça de maior sucesso em todo Brasil, já foi apresentada em muitas capitais e ficou em longa temporada em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. É a nossa peça que atingiu mais público, calculado em aproximadamente meio milhão de espectadores e fala sobre um tema atual, uma realidade de 10 milhões de pessoas que se interessam pelo tema e nos cobram um DVD.

TM: Brasília é um lugar que respira concurso público, foi daí que vocês tiveram a inspiração para a peça?
G7: Foi das nossas famílias, das nossas experiências de vida e também da nossa cidade, Brasília. Não é apenas por morar aqui que a gente teve a ideia, foi uma junção de coisas que coincidiram e nos fizeram perceber que se tratava de um tema muito interessante e que muitas pessoas iam ter curiosidade. Sim, ajudou o fato de estarmos aqui, mas se fosse só isso talvez a peça não existisse.

TM: Algum dos integrantes do grupo já fez concurso público ou é funcionário público? 
G7: Sim, já fizemos e até passamos em alguns concursos. O G7 tem uma formação acadêmica diversificada em cursos como direito, ciência política, jornalismo e artes cênicas. Já fomos funcionários públicos mas sempre por um curto período. Depois que fizemos a peça do Concurso Público nunca mais fizemos outra coisa a não ser teatro, vídeos e músicas.

TM: Mudando um pouco de assunto, gostaria de falar sobre a história de vocês. Como o G7 começou?
G7: O G7 começou com a ideia de criar um grupo de teatro diferente, em 1999 no recreio do Colégio Marista. Eu e o Fred decidimos criar o grupo que depois recebeu o elenco definitivo: Benetti e Felipe. Começamos a fazer teatro com a peça "Baseado em Fatos Reais" e nunca mais paramos. Mas antes disso nós sempre fomos brincalhões e muito criativos, quando encontramos o teatro canalizamos toda nossa energia nesse gênero artístico.

TM: Quando vocês começaram, temiam que fossem comparados com  "Os Melhores do Mundo"?
G7: Até hoje nos comparam. Essa pergunta, por exemplo, não tem nenhum propósito a não ser comparar a gente com eles, concorda? Por que temer esse tipo de comparação? As pessoas comparam, faz parte da vida, não nos incomoda. Incomodou mais quando as pessoas achavam que fazíamos a mesma coisa que eles. Mas, com o tempo e o nosso trabalho, está cada vez mais claro que se tratam de dois grupos muito diferentes, tanto nos temas, nas mensagens da peça e na forma de realizar os espetáculos. Seguimos o nosso caminho e quem conhece sabe que hoje os dois grupos são muito distintos e tem, inclusive, princípios diferentes e visões diferentes sobre o que é o teatro, a arte e o entretenimento em si. Não obstante, temos muito orgulho de ser da mesma cidade que eles e achamos fizeram muito bem para o teatro brasileiro.

TM: Como vocês veem o público de Brasília?

G7: Maravilhoso. Eu amo Brasília e o público daqui. O único problema é que todos esperam para comprar o ingresso em cima da hora e isso às vezes atrapalha um pouco início do espetáculo. Mas é algo cultural que vai mudando com o tempo, tenho fé!

TM: Além de Brasília, que é a casa de vocês, onde sentiram uma maior receptividade do público?
G7: Em todos os lugares que passamos a receptividade é incrível. De Florianópolis a Recife, Rio a São Paulo, de Manaus a Cuiabá, o povo brasileiro é carente de teatro e de comédias instigantes, que promovam o riso reflexivo. Mas acho que a nossa segunda paixão seria Taguatinga.

TM: Eu vi que vocês vão lançar a próxima peça em abril de 2011. Podem adiantar sobre o que é?
G7:Ainda não posso te falar o nome da peça. Só posso dizer que será tão impactante quanto a do Concurso Público, pois tratará de um tema atual de maneira muito diferente, buscando ajudar as pessoas a se entenderem mais e a compreenderem o porquê de muitas das suas ações norteadas pela sociedade. Ajudou?

TM: Aonde são as próximas apresentações de vocês?
G7: Neste final de semana teremos a peça "Eu Odeio Meu Chefe" no Teatro LaSalle - sábado às 19 e 21 horas e domingo às 20 horas. Maiores informações no site www.simplesmenteg7.com.

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